domingo, 20 de setembro de 2015

a Viagem


esquecida das mãos
e das noites nos dedos

(e das águas profundas dos medos)


iniciou a viagem sem asas,
(sossegadas nos segredos
com que a vida as tragou)

esquecida, ela própria,
do mundo

e das névoas que, na passagem
da aurora, ergueram os muros
prováveis
da memória,

renasceu, ela (a mulher)
dos ossos fragmentados
que lhe amparam

a Viagem.

Susana Duarte



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