eis o despertar dos corpos
na improbabilidade de ser água
eis as manhãs raras, onde
as luzes anunciam as mãos
que, todavia, se apartam
dos braços e antecipam
madrugadas de raiva e suor
eis as mãos onde as águas
despertam as lágrimas ocultas
eis,finalmente, a dor,
que se prolonga onde as manhãs
de chuva nos devolvem ao mar.
Susana Duarte
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