sábado, 10 de outubro de 2009

Sonho de uma noite de Verão


(Foto que recebi por e-mail, adoro!! e cuja origem não consigo identificar...)


Ela olha-o nos olhos e diz-lhe que, nos seus olhos , vê o Mundo e tudo o que ele encerra.


Ela olha-o nos olhos e diz-lhe que vê neles a Vida, o Riso e o Choro.

Ela olha-o e diz-lhe: " tens os olhos da cor da Terra, das noites frias de Inverno e dos dias quentes de Verão".
Ele diz-lhe que é nos dela que reside a Paixão.

Ela olha-o...

Ela vê nele a Noite e o Dia, o impulso de Vida e a vertigem da Morte, da morte de se perder naqueles olhos e não voltar a amar outros olhos senão os dele.

Ela vê o Calor e o Frio, a Paixão, O Riso e o Choro, a Vertigem, a Queda, a Alegria e o Mar.



Ele olha-a. Olha-a no mais fundo de si. Reconhece-a. Ilumina-a...e ilumina-se.


Ele prefere o Silêncio. Silêncio que grita mil palavras de séculos de histórias de outros que se amaram.

...



Os olhares cruzam-se.

Cruzam-se nesse olhar expectativas e medos, esperanças, sonhos ruídos e sonhos por construir. Sonhos de futuro. Vontades.


Ele responde com um ténue Sorriso. Com a força do Abraço. Com o calor de uma mão dada.

Com o olhar de quem crê.

Ela crê.


Ficam os olhares. Ficam os silêncios ensurdecedores porque cheios de MUNDO dentro. Ficam as mãos dadas.

13 comentários:

  1. Gostei desta forma de escrita. Períodos curtos e totais. Paulo castilho também escreve assim.

    "Ele prefere o Silêncio. Silêncio que grita mil palavras"

    Bom fim semana

    ResponderEliminar
  2. Olá Susana :)

    É verdade que os olhos são o espelho da alma, mas também é verdade que nem sempre reflectem a sinceridade do ser humano..!!!
    Vamos ter nova sessão de patinagem ??..ah ah ah
    Um bom domingo para ti e para a "patanisca"...Beijo para ambas.

    Norberto

    ResponderEliminar
  3. Fabiano,
    é de Paixão que trata...

    Beijo amigo.

    ResponderEliminar
  4. Daniel,
    obrigada pelas tuas palavras. Não conheço Paulo Castilho. Falas.me mais?

    Beijo amigo

    ResponderEliminar
  5. Norberto,
    possamos nós, pelo menos, sentir Verdade nos olhos amados, não é?
    Beijo amigo

    ResponderEliminar
  6. Tenho dois livros dele e gostei, apesar de algo febril. A revelação literária de Paulo Castilho dá-se na década de 80 com o romance "O Outro Lado do Espelho", Prémio Literário Diário de Notícias, mas a notoriedade foi alcançada com "Fora de Horas", obra galardoada com o Grande Prémio da APE, o prémio PEN Clube Português e o Prémio Eça de Queirós que o lançou como ficcionista atento aos desencontros ideológicos entre a geração de 60 e a geração de 80.

    Falei nele porque usa uma escrita com recurso à frase curta, frequentemente nominal, numa espécie de zapping construtivo, comom li algures.

    Penso que tenha editado ainda este um livro depois de oito anos sem nada escrever, e é dificil (penso eu) encontrar as primeiras obras dele, mas quanto a mim, valeram a pena. Chega-se a o fim como se nunca mais acabasse, porque dá imensas voltas e percebe-se tudo e nada. É como se se lesse continuamente sem se esperar um fim.

    E eu gosto desse tipo de escrita, mesmo que o conetúdo nao seja sempre apelativo. mas gosto dos dois livros que cá tenho :)

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  7. Os olhares quando se cruzam, não dizem tudo?!
    O Amor, faz o resto...constrói o mundo!
    Gostei de ler-te.
    Um beijo amigo.
    Graça

    ResponderEliminar
  8. Que possamos, sempre, achar nos olhos, todas as ternas emoções...
    Que possam os olhos, de quem olharmos, nos firmar um mundo inteiro de sutis sentimentos e, que esses sentimentos, valham a pena.
    Passa pelo INFINITO, amiga querida, que tem miminho para ti.
    O selinho de hoje é a tua carinha.
    Beijos

    ResponderEliminar
  9. E que dizer?!?

    Hoje, pela primeira vez vim visitar-te aqui e penso como pude estar tão distraída sem ver este teu espaço, tão delicioso e arrumado, tão de entrega, tanto de ti...

    Amiga querida, não deixarei de rever com atenção maior e passarei para pausadamente repor cada minha ausência aqui.

    Nesse abraço entrega-se tanto e foge a angústia, talvez de um enorme desencontro, daqueles em que vibram as cordas para poder retratar. Ele agarra e ela fica, num abrigo de corpo, num espaço longe do olhar onde talvez... talvez acabe ela por serenar...

    Parabéns!!! Beijo levado num sonata ao luar***

    ResponderEliminar
  10. Olá Gi!!!!
    Vou já já já "olhar-te" de mansinho. Bem vinda, minha amiga.

    ResponderEliminar
  11. OS BRAÇOS DO AMOR, CERCAM DE AMOR OS ABRAÇOS! TERNURA INFINITA NO AR DOS CABELOS AO VENTO...SENTE-SE O AMOR, SEM PALAVRAS, VIVIDO NO SILÊNCIO DA DÀDIVA PURA E TOTAL...
    BEIJITOS DA LUSIBERO

    ResponderEliminar
  12. Muito bonito seu blog, gostei muito. gostaria que vc visitassse o meu. http://marthefran.blogspot.com/

    ResponderEliminar

 Identidade são etéreas, as memórias. talvez apenas ilusões, talvez apenas estórias de abraços desabituados dos corpos. são névoas, as cançõ...