nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
VIDA
Vou escrever palavras soltas na calada da noite,
invocando os sonhos das eras anteriores
e das vidas que passei.
Estavas lá e fotografavas momentos e impressões,
calando as lágrimas que deixavam rasgos
na pele e nos ossos e na boca.
Escreverei as saudades na pele da tua imagem
e nas aves que tens dentro, e fora,
e em Ti. E em Mim. Somos,
dizes. E sabes da terra e do assombro das luzes
e das nuvens e das árvores de pé.
Os mistérios das ruas são teus.
Guardas, na Vida, a vida e a morte e o renascimento,
e todas as vidas vividas e caladas em que
o Destino se não cumpriu.
E reténs nos olhos a luz que me alumia os passos,
me ilumina a memória e me faz viver em Ti.
Terra. Terra. Luz e Vida e Solidão diminuída,
solidão que desistiu de ser,
porque a vida
se encheu
de VIDA!
Susana Duarte
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Identidade são etéreas, as memórias. talvez apenas ilusões, talvez apenas estórias de abraços desabituados dos corpos. são névoas, as cançõ...
-
quando vieres, traz os dedos da aurora, e amanhece nas dobras cegas do pescoço onde, ontem, navegaste os trevos do dia lo...
-
E porque hoje foi um belíssimo Domingo de sol...eis que peguei em mim e na minha tagarela companhia e lá fomos nós até Montemor-o-Velho. Hav...
-
Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
Sem comentários:
Enviar um comentário