escreve poemas nas coxas da noite
e dela, faz nascer aves coloridas e
noites de paixão. das aves que tens
nas pernas, faz um canto de sal e dor
para, depois, transformares a dor
no suave suor de um sorriso trémulo
ante a visão do ser amado. sê. ousa.
vive nos olhos azuis da primavera
dos teus seios. e transforma-os na
nascente de todas as águas do mundo.
susana duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
sábado, 1 de setembro de 2012
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