SÚPLICA
ouve-me nos movimentos das pálpebras,
onde é sonora a ausência em que habito;
ouve-me nos movimentos das pálpebras,
onde é sonora a ausência em que habito;
onde se espraiam vozes sumidas; onde
vivem giestas, e piam aves estranhas...
olha-me nos recantos da paixão antiga,
e desnuda-me os ombros de aurora. sê
inteiro, marinheiro das minhas águas e
cálida emoção que se derrete no calor
das minhas lágrimas antigas. sê a luz
onde tudo, dantes, era ilusão de néon.
ama-me. e devora-me os olhos e a boca
e os braços com que te cerco e sinto.
sente, de mim, a lágrima de luz coberta
de seda, onde te deitas e recobres de ser
marinheiro da minha sede. ama. em mim,
encerra as noites de aves estranhas, sê
luz ansiada-procurada-antes interdita. e
ama-me
susana duarte
vivem giestas, e piam aves estranhas...
olha-me nos recantos da paixão antiga,
e desnuda-me os ombros de aurora. sê
inteiro, marinheiro das minhas águas e
cálida emoção que se derrete no calor
das minhas lágrimas antigas. sê a luz
onde tudo, dantes, era ilusão de néon.
ama-me. e devora-me os olhos e a boca
e os braços com que te cerco e sinto.
sente, de mim, a lágrima de luz coberta
de seda, onde te deitas e recobres de ser
marinheiro da minha sede. ama. em mim,
encerra as noites de aves estranhas, sê
luz ansiada-procurada-antes interdita. e
ama-me
susana duarte
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