vou atravessar o corpo das coisas,
para nelas rever as amoras rubras
do teu peito, e encontrar luas novas
nas sombras dos olhos onde me deitei.
em ti, atravessarei o corpo estranho
de todas as coisas
onde não estás.
...
saberei das tuas mãos, flores
impressas
nos seios,
para depois as atravessar e, içada
pelas faixas de luz da tua voz,
reencontrar os fantasmas
de um comboio invisível,
que retirarei dos ferros das mãos
que te deixaram atravessar as portas.
lembrar-me-ei das mãos,
impressões digitais dos olhos e dos dedos
sobre as veias e todas as amoras
do meu corpo.
atravessarei o fio invisível da partida,
para saber se setembro
foi o corpo das coisas,
que se agitam ante a ausência
da tua boca
sobre mim.
Susana Duarte
para nelas rever as amoras rubras
do teu peito, e encontrar luas novas
nas sombras dos olhos onde me deitei.
em ti, atravessarei o corpo estranho
de todas as coisas
onde não estás.
...
saberei das tuas mãos, flores
impressas
nos seios,
para depois as atravessar e, içada
pelas faixas de luz da tua voz,
reencontrar os fantasmas
de um comboio invisível,
que retirarei dos ferros das mãos
que te deixaram atravessar as portas.
lembrar-me-ei das mãos,
impressões digitais dos olhos e dos dedos
sobre as veias e todas as amoras
do meu corpo.
atravessarei o fio invisível da partida,
para saber se setembro
foi o corpo das coisas,
que se agitam ante a ausência
da tua boca
sobre mim.
Susana Duarte
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