nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
sábado, 26 de janeiro de 2013
encontro-te nas luas azuis
de todas as marés do meu corpo,
e em todas as marés, encontro as noites
perfumadas de mirtilos. encontro-te
em cada onda que morre e em cada maré viva.
és, de todas as praias, a mais rubra
manhã dos meus olhos quando, em cada movimento,
ondulas seiva e me respiras.
encontro-te onde as frutas
me perfumam com a luz dos teus olhos,
e o azul-maré-recanto dos teus olhos, é a vida
que me cresce dentro e ilumina as veias
onde navegas. Mais não somos, senão ondulações
das letras
com que escrevemos o futuro
sobre o qual caminhamos.
susana duarte
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Ui...mas é maravilhoso estar assim apaixonado e ver-se desejado no olhar do amor...sentir-se acariciado e deixar-se levar na suavidade da brisa que sopra do mar...
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