nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
ama-me, nos círculos que me desenhas
e nas ondas com que me moves.
desenha-me nuvens
nos lábios.
ama-me, e redesenha-me o corpo.
redesenha-me os dedos
com a língua
e o fogo.
descobre-me sóis, onde me deito,
e desenha-os nos teus poros,
grutas de fogo do meu leito,
onde vives a pele
e me amas.
ama-me. e desenha em mim
os futuros que as ondas
de sol levantam
nas mãos.
susana duarte
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Cheia de esperança...
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