nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
by Robert Creeley
She stood at the window. There was
a sound, a light.
She stood at the window. A face.
Was it that she was looking for,
he thought. Was it that
she was looking for. He said,
turn from it, turn
from it. The pain is
not unpainful. Turn from it.
The act of her anger, of
the anger she felt then,
not turning to him.
sábado, 28 de setembro de 2013
Florescer nuvens
poderiam ser palavras minhas,
as que semeio nos bancos do tempo.
consumimos dias como consumimos noites,
e os dias foram tão breves,
e as noites, tão leves,
despidas de sono, despidos nós.
poderiam ser palavras minhas,
as que deposito na gloriosa sabedoria da lua,
milenar, pedra angular de todos os rios, navegada
por nós sobre os ângulos frios do antigo desconhecimento.
poderiam ser tuas as frases saídas das pálpebras,
onde o azul renasce, framboesa da minha boca,
com a qual colho sons e sonhos e água e sementes
com as quais me dirijo ao vento
e floresço amora-beijo-cais das colunas do desejo
e flor noturna onde te deitas e sabes. poderiam
ser flores, as palavras e o peito, crescente lunar
de uma nuvem que alcanço em ti.
susana duarte
as que semeio nos bancos do tempo.
consumimos dias como consumimos noites,
e os dias foram tão breves,
e as noites, tão leves,
despidas de sono, despidos nós.
poderiam ser palavras minhas,
as que deposito na gloriosa sabedoria da lua,
milenar, pedra angular de todos os rios, navegada
por nós sobre os ângulos frios do antigo desconhecimento.
poderiam ser tuas as frases saídas das pálpebras,
onde o azul renasce, framboesa da minha boca,
com a qual colho sons e sonhos e água e sementes
com as quais me dirijo ao vento
e floresço amora-beijo-cais das colunas do desejo
e flor noturna onde te deitas e sabes. poderiam
ser flores, as palavras e o peito, crescente lunar
de uma nuvem que alcanço em ti.
susana duarte
.escrever silêncios nas noites claras, perfumadas de abraços e de distâncias.
.inscrever nas noites os silêncios claros, perfumados de comboios que chegam.
. dedicar-me-ei a desenhar céus claros e linhas de caminhos de ferro. ânsias.
. só os céus de caminhos e os claros ferros da vontade, te trarão a mim.
. são aves que desenham voos na espera. dores. saudades que viajam. cegam.
_______________________abraço-te na espera___________________
Susana Duarte
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
In memoriam: António Ramos Rosa
Vive-se Quando se Vive a Substância Intacta
Vive-se quando se vive a substância intacta
em estar a ser sua ardente harmonia
que se expande em clara atmosfera
leve e sem delírio ou talvez delirando
no vértice da frescura onde a imagem treme
um pouco na visão intensa e fluida
E tudo o que se vê é a ondeação
da transparência até aos confins do planeta
E há um momento em que o pensamento repousa
numa sílaba de ouro É a hora leve
do verão a sua correnteza
azul Há um paladar nas veias
e uma lisura de estar nas espáduas do dia
Que respiração tão alta da brisa fluvial!
Afluem energias de uma violência suave
Minúcias musicais sobre um fundo de brancura
A certeza de estar na fluidez animal
António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos"
http://www.astormentas.com/PT/poemas/Ant%C3%B3nio%20Ramos%20Rosa
em estar a ser sua ardente harmonia
que se expande em clara atmosfera
leve e sem delírio ou talvez delirando
no vértice da frescura onde a imagem treme
um pouco na visão intensa e fluida
E tudo o que se vê é a ondeação
da transparência até aos confins do planeta
E há um momento em que o pensamento repousa
numa sílaba de ouro É a hora leve
do verão a sua correnteza
azul Há um paladar nas veias
e uma lisura de estar nas espáduas do dia
Que respiração tão alta da brisa fluvial!
Afluem energias de uma violência suave
Minúcias musicais sobre um fundo de brancura
A certeza de estar na fluidez animal
António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos"
http://www.astormentas.com/PT/poemas/Ant%C3%B3nio%20Ramos%20Rosa
sábado, 21 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
DIÁSPORA
Levantas as asas num voo rasante da alma vulcânica; transbordas de aromas de terra; em
ondas sísmicas, atravessas o rio que engole a indiferença e a efabulação.
Unes o vento e o mar num terremoto anímico onde voam sereias silenciosas e Orfeu canta.
Mas não olhas para trás. Sabes que é à tua frente que o caule inflorescerá. Invocas as
deusas, e serenas a dualidade da alma.
Insinuas a noite na desfolhada da pele que sintetiza o canto, que se fez manhã, e celebrou a
paixão. Deixas a claridade da dor invadir-te a alma e reconstróis, assim, a nuvem que
se volatilizou.
Sabes onde fica um deserto onde flores secretas desabrocham à noite. Flores, flores, flores
descobertas, antes ocultas do mundo, em casas fechadas- refúgio, anel, papoila rubra,
animal, noite, sofreguidão, solidão. Refúgio. Ali, onde alumias as noites, é o sítio onde
nasces e fazes nascer, onde tornas clara a profundidade da palavra – amor amor amor.
...
Letras. Soletras cada escama num peixe dos mares do sul. Soletras cada onda num sismo
tentacular que não te tolhe de mim. Sabes onde fica cada movimento, cada passo, cada
letra do nome que me deram. Ouves as aves em ilhas perdidas que ecoam a ausência.
Uno e indiviso, clamas por uma flor, que não queres encontrar. Dualidade. Ó onda, maré, ave
perdida no mar. Flor do sal do sal do sal, flor do sal que cai fina, na rede solta
que abriste aqui. Desata este nó, desata. Puxa a corda que estendeste e leva-me pela
penumbra do teu braço.
Iça-me. Leva-me. As velas são brancas, e tu és aqui. Marinheiro de mim, corredor de
distâncias, passeias a noite pelas mãos e ergues o dia com os olhos. Lava quente que
preenche a fenda na terra por lavrar. Pó, cascalho, pedra. A forma a começar. A escultura
que sai dos dedos.
Sabes, não sabes? Esculpes cada desejo num torno universal. Pulsões de vida. Eros e Tânatos.
Pequena morte. E tanta vida…Conchas. Sou concha na tua mão. A erosão do tempo que
nos trouxe aqui. Salvífica. Pedra escultórica. Animal. Lobo. Tigre. Águia em voo. Ave . Ave.
Ave.
…
Lava-me os olhos com a humidade transparente da tua voz. Metamorfoseia-me o ombro em
que fazes descer a luz. A luz, a noite. Tu e eu, eu e a atomização do ser. Despidos de
pudor, de pânico e de nós-seres-individuais, metamorfoseando-nos no ser indivisível que
o amor procura.
Unidade. Ser. Índio que dança na altura das rochas emanadoras de apego ao Universo.
Expectante. Dorido. As Moiras procuram-te. Mas é com Hermes que caminhas. Nos ventos
alíseos procuras o sopro da vida que permaneceu algures na linha temporal que o Cosmos
criou. Nos ventos solares, um raio de luz queima a terra onde navegam almas solitárias. A
diferença é a Procura. A Procura não da completude, mas da epifania do olhar-outro.
Cosmicidade. Passar além do Self. Lutar pelo outro. Descobres que amas. Que crias o
sonho do encontro. Encontro.
Insinuei-me na tua voz. Ouviste as vibrações das cordas vocais. Resistes ao apelo de Eros? É a
tua bela Helena? Ela, que ao espelho, se reflecte e teme? Que se olha, mas se não vê?
Que procura, no teu olhar, a magia da descoberta? Quem dera fosse visível o arrepio
anímico. Descobrir-te os recantos escondidos sob os braços genesíacos. Cobre-me o rosto
com o teu peito. Enche-me de ti. Respira-me a pele e deixa-me viver no teu olhar.
Sabedoria. Saber e não saber. Não saber e querer descobrir. Por momentos, a noite que se
levanta da alma. Um bater de asas de borboleta invoca a Criação. Génesis em mim.
Renasço em ti. Soluças um choro de sonho e conhecimento. Deixas de lado as coisas
gastas. Usas a vida para seres inteiro. Insondáveis desígnios universais, átomos que se
congregam. Odores voláteis que te trouxeram aqui. A imagem lávica da claridade solar
na curva dos olhos. Ficas? Fica…dissipa o nevoeiro e despe-me de pudor. Tira-me das
asas o fio invisível que lhes pus. Fica. Lobo. Ave. Ave. Ave. Rumamos ao centro do mundo,
para nos fundirmos com a Origem.
Susana Duarte
"Pescadores de Fosforescências"
"Pescadores de Fosforescências"
Alphabetum Edições Literárias
Dezembro 2012
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
MÃOS
Há mãos que desenham sentidos ________________ e sentidos que se desenham nos corpos,
na chegada a casa e nos desenhos estendidos na pele________há mãos que desnudam corpos
e se agitam na alada e serena escuridão da noite ____________________e na serena enseada
onde despi as mãos de pudores e colhi as rochas firmes da tua vontade__________onde vesti
a pele com a tua pele_________________________e soube, nas mãos, onde pertencia a veste
que despi_________na noite de onde parti__________da solidão onde estava_____________
e da maré onde naveguei, levada por uma escuna breve que se encheu de luar na noite. De ti,
que me desenhas mãos nas costas, saberei___________________.Saberei onde estão conchas
nuas____________e onde se canta nas ruas: onde se beijam amantes nos recantos da paixão.
De ti, saberei de cor as notas com que apagas a solidão. De ti____________________o jazz,
em noite de verão. Das nossas mãos, as silhuetas contorcidas na noite dos corpos, e uma vela
acesa___________________onde cheira a baunilha e a mirtilos, e as mãos ali se entrelaçam,
no fogo____________________. No fogo das mãos, vivem águas, vivem rios e sonhos de ser
amante em mão alada, que se desprende levando-me consigo. Mãos.__________________.
Mãos de ser ave e mergulhar no grito que solto, se me enches o corpo de manhãs claras e és.
_____________És mão que luta na noite do medo de perder a veia onde navego.___________
O fogo que irrompe das ruas da cidade é aquele que cantas na enseada deste amor.amor.amor
grito, irrompido de um luar perfeito onde, ternas, repousam memórias de terem sido tuas, as
mãos que me habitam e te despem no sonho que se desenha nos meus cabelos. ___________
Susana Duarte
"Pescadores de Fosforescências"
Alphabetum Edições Literárias
Dezembro de 2012
Imagem: retirada da net; autor que desconheço
terça-feira, 17 de setembro de 2013
ESPRAIAMENTO
Não quero ir para além do mar… Quero ficar na areia, onde posso dormir.
Não posso desviar-me do caminho da praia. Encontro, nela, asas perdidas.
Sabes de mim? Resido nos olhos da areia que se descola da ave.
Resido nos seixos que se escondem na rebentação das ondas.
Descubro caminhos erguidos nas dunas.
E nelas enceto viagens de mim em mim.
________De mim em ti._____________
Derreto pedras no calor das costas.
Mostras-me o caminho das areias…
Movo-me nos teus braços.
Navego-te, nas tuas pernas.
Deito-me.
Algaço.
Susana Duarte
Pescadores de Fosforescências
Alphabetum Edições Literárias
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Poema de Joaquim Monteiro
AUSÊNCIA
Inclina-te sobre o meu peito
Dorido da ausência
Deixa que o silêncio seja o mote
Inspirador do sangue
Anda comigo ao vale
Onde as amoras silvestres se misturam
Com as uvas doiradas dos lábios
E sente
Que a separação longa da ausência
É fogo no coração do medo
Iluminando as aves nocturnas do desejo.
Joaquim MONTEIRO
http://www.facebook.com/joaquim.monteiro.5?hc_location=stream
2013-09-12
(© todos os direitos reservados)
Inclina-te sobre o meu peito
Dorido da ausência
Deixa que o silêncio seja o mote
Inspirador do sangue
Anda comigo ao vale
Onde as amoras silvestres se misturam
Com as uvas doiradas dos lábios
E sente
Que a separação longa da ausência
É fogo no coração do medo
Iluminando as aves nocturnas do desejo.
Joaquim MONTEIRO
http://www.facebook.com/joaquim.monteiro.5?hc_location=stream
2013-09-12
(© todos os direitos reservados)
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
nascida das nuvens, renascida em ti,
soçobro ante a visão das coisas. contigo, vivi
e soube das luzes da noite. nascida das chuvas
e das vidas vividas, renacida de ti, chão de uvas,
uvas-mosto de um setembro oculto, revivo na sombra,
a sombra etérea das gotas de chuva e a penumbra
dos olhos, iluminados pela cor cereja de uma vela.
nela, escondem-se os segredos dos amantes,
e dos dedos, e dos momentos delirantes
de milhares de segredos, inscritos
nos poros. inscritos em ti. nascida
das nuvens, renascida em ti, escrevo
diários de fumo na sofreguidão dos dias,
e na solidão dos dias, e na solidão fria
das noites. olho-te. fico em paz.
nasci das nuvens. renasci das tuas asas.
luz da minha sombra esquecida. vivo nas casas
onde existes. e morro na luz dos teus braços.
susana duarte
sábado, 7 de setembro de 2013
DESPIDA
Tenho os sentidos despidos de ti,
e de ti vestidos
na montanha de luas antigas,
na sáfara atravessada de rugas,
na territorialidade das névoas,
e na eternidade dos olhos.
De ti, retenho em mim a pele,
e na pele
dispo as cátedras do que sabia antes,
em dias que não sei,
em tempos e lugares onde fui outra,
em tempestades que retive na sombra
dos tecidos
do corpo.
Do corpo, despi-me na neve
e na neve das noites
enchi-me de ar,
volteei em ondas de som
e deixei-me encantar pelas nuvens
da mente.
Resido nas pontas feiticeiras
de um saber antigo
e dispo-me dos sentidos:
olhar,ainda que despida dos olhos;
sentir, ainda que sem tocar;
escutar, ainda que os ouvidos
alados
se tenham tornado viajantes
onde torres caem e mistérios
se levantam
nos dias
que sou.
Despi-me de tudo.
Prossigo em ti.
Susana Duarte
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
CANSAÇO
cansada. cansada das noites, das noites de nada;
cansada do pó, poeira, estrada que me leva a tudo e não leva a nada;
cansada do fumo das névoas e das engrenagens de tudo o que não funciona
e não segue e não vai. cansada das névoas das fráguas das mágoas e do eterno
descontentamento do peso dos braços do peso dos braços do peso do corpo
que não sabe onde se é.
cansada das cataratas nos olhos da mente e nas névoas das chuvas das gentes
que me passam ao lado, anónimas indigentes com olhos de tudo, com olhos de
nada,
com olhos cansados da dureza da estrada.
a poeira das estradas é apenas poeira de sons obscurecidos
pela noite desencantada, onde cantam gatos nas vielas e passa uma mulher,
assustada.
uma noiva, uma mulher, uma alma deixada só,
ou apenas a solidão em forma de lágrima,
de alguém que se desfaz de um nó maior que a alma, maior que a calma
aparente das ruas noturnas, desertas, soturnas,
onde me sinto bem com os gatos e os sons
e os sonos de janelas entreabertas
de almas desertas
que me passam ao lado, anónimas indigentes com olhos de tudo, com olhos de
nada,
com olhos cansados da dureza da estrada.
a poeira das estradas é apenas poeira de sons obscurecidos
pela noite desencantada, onde cantam gatos nas vielas e passa uma mulher,
assustada.
uma noiva, uma mulher, uma alma deixada só,
ou apenas a solidão em forma de lágrima,
de alguém que se desfaz de um nó maior que a alma, maior que a calma
aparente das ruas noturnas, desertas, soturnas,
onde me sinto bem com os gatos e os sons
e os sonos de janelas entreabertas
de almas desertas
Susana Duarte
"Pescadores de Fosforescências"
Alphabetum Edições Literárias
Dezembro de 2012
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Vorrei sedermi vicino a te in silenzio,
ma non ne ho il coraggio: temo che
il mio cuore mi salga alle labbra.
Ecco perche' parlo stupidamente e nascondo
il mio cuore dietro le parole.
Tratto crudelmente il mio dolore per paura
che tu faccia lo stesso.
Il mio cuscino mi guarda di notte
con durezza come una pietra tombale;
non avevo mai immaginato che tanto amaro fosse
essere solo
NOIVA-BORBOLETA
.a noiva-borboleta inventa voos e desenha rabiscos no papel de rascunho.
.na noite silente, acaricia os dedos finos e inscreve o azul no seu sonho.
.no dia mais longo, inventa canções e desassossegos da ternura e da dor.
.a noiva-borboleta inventou as amoras da criação e da noite e do amor.
.na noite mais longa, escreve solidão nos dedos das aves e nas asas-som.
.no dia sereno, inventa uma dança e dança uma música de um só tom.
.espera serena a presença da aurora e a paz de noites de fogo de outrora.
.a noiva-borboleta sabe das nuvens brancas da espera e do ventre da terra.
.a noiva-borboleta dança um tango sedutor, olhar das cores do mar e da serra.
.nua, a noiva-borboleta dança sob a chuva e ilumina, em si, um arco-íris.
.os seus olhos iridescentes brilham do azul que neles vive,
pescando sonhos na maré lunar.
Susana Duarte
"Pescadores de Fosforescências"
Alphabetum Edições Literárias
Dezembro de 2012
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
“Extinguish my eyes, I'll go on seeing you.
Seal my ears, I'll go on hearing you.
And without feet I can make my way to you,
without a mouth I can swear your name.
Break off my arms, I'll take hold of you
with my heart as with a hand.
Stop my heart, and my brain will start to beat.
And if you consume my brain with fire,
I'll feel you burn in every drop of my blood.”
Rainer Maria Rilke
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