o poema é o refúgio antigo
do esquecimento, e a fuga
a partir da qual se encadeiam sonhos
breves e noites azuladas. o poema
é a força gravítica dos seres
e a atração pelo abismo da palavra
nua, a palavra-pedra,
o corpo que se descreve
e, no outro, se inscreve.
o poema é o refúgio antigo
dos sonhos breves, e as palavras
de fogo que nele habitam.
o poema é a língua da terra,
o húmus e o sal,
e os olhos do ventre.
Susana Duarte
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