não me sorrias a partir de onde as gárgulas
denunciam medos,
nem de onde os olhares são furtivos
segredos
de quem, entre si e o outro,
esconde as mãos,
frenesim oculto
dos olhos pousados além da vontade
e do desejo.
não me sorrias, se é a partir delas
que me olhas, prisioneiro
dos rituais, com receio dos dedos
todavia entrelaçados
de solidão
e de folhas caídas.
não me sorrias, se no sorriso escondes
as veias,
esqueces as vidas,
prolongas ameias e te escudas no norte,
prisioneiro da morte
das mãos vividas, entrelaçadas
de sol, onde reside a loucura amena
da paixão.
Susana Duarte
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