trago o silêncio nas veias,
como uma veste antiga
sobre o lado do avesso
dos ossos.
visto-o, tão sagrado
como outra veste qualquer,
como outro corpo qualquer.
espelho os lugares
onde o sangue se demora
e pergunto quem sou.
Susana Duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
é, então, isto o Amor: a quieta submissão da vida aos braços do Outro de nós, roteiro das bermas onde podemos descansar. é, então, isto: ...
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