segunda-feira, 31 de outubro de 2022

 esgotei os poemas

onde as veias dilatam

a indefinição das paixões.


viva, estranha, escrita 

e interdita, corre a palavra

nos pulmões, alojando-se

nos interstícios 


de corpos estranhos,

cadavre exquis de si mesmos.


os poemas salvam 

a pele, onde esta se desfaz

e refaz no corpo

dos dias.


Susana Duarte

2020

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