esgotei os poemas
onde as veias dilatam
a indefinição das paixões.
viva, estranha, escrita
e interdita, corre a palavra
nos pulmões, alojando-se
nos interstícios
de corpos estranhos,
cadavre exquis de si mesmos.
os poemas salvam
a pele, onde esta se desfaz
e refaz no corpo
dos dias.
Susana Duarte
2020
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