terça-feira, 4 de junho de 2013

Estranheza



serás sempre a face trilobada das folhas de ar onde volteio

danças de serenidade e luz; as flores das folhas dos prantos

de manhãs antigas, e a luz cadente do sol que navega.




serás sempre a face lunar das ondas de onde veio 

a luz estranha das manhãs de névoa; os encontros e os recantos

dos dias em que a chuva nos encantou, e a estranheza 

do choro incessante sobre o qual a barca da aurora chega.




poderás ser o que quiseres, se romperes a luz clara 

das tuas noites, e viajares sobre o brilho das estrelas de então.




serás, nesse momento, o brilho vermelho e o pulsar 

intermitente do que te agita o peito e te vive (n)o coração.


Susana Duarte
Poema e foto, como (quase) sempre =)




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