Estranheza
serás sempre a face trilobada das folhas de ar onde volteio
danças de serenidade e luz; as flores das folhas dos prantos
de manhãs antigas, e a luz cadente do sol que navega.
serás sempre a face lunar das ondas de onde veio
a luz estranha das manhãs de névoa; os encontros e os recantos
dos dias em que a chuva nos encantou, e a estranheza
do choro incessante sobre o qual a barca da aurora chega.
poderás ser o que quiseres, se romperes a luz clara
das tuas noites, e viajares sobre o brilho das estrelas de então.
serás, nesse momento, o brilho vermelho e o pulsar
intermitente do que te agita o peito e te vive (n)o coração.
Susana Duarte
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