ou a serena mansidão da espera intermitente.
escolho os braços,
e deixo de parte a antiguidade dos sonhos.
escolho os braços.
talvez os olhos claros sobre os dedos,
ou a interioridade do ventre
sobre os interstícios dos corpos.
escolho os braços
e a noite clara.
talvez sejas o sonho dissipado na névoa
das manhãs de outrora.
ou a memória viva
da pele
sobre a pele.
escolho os braços,
e deixo de parte a espera.
espreito o dia, como um espreita-marés
que, sobre os flancos, olha as margens
e navega sereno sobre os braços.
antes os braços com que me passeias
sobre o ventre, que os interstícios infindos
de corpos sem flanco.
Sem comentários:
Enviar um comentário