deixou fugir as palavras
por entre as folhas do peito.
inseguras, trémulas, as palavras.
deixou fugir as névoas
onde as palavras
se esconderam.
inseguras, trémulas, as palavras
desfolharam caminhos e
esconderam
as mãos,
trémulas
e inseguras, as mãos
-mais ainda do que as palavras-,
sublinhadas pela ausência do voo.
onde se escondem os olhos,
moram as palavras
das aves,
rémiges
da vontade, alheias
ao temor e à inquietude.
inseguras, trémulas, as palavras.
e a paixão.
Susana Duarte
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