SER
aconteces-me nas horas desconhecidas
em que os cumes
das montanhas
são névoas dispersas
sobre os sonhos onde ondeio
aconteces-me nas horas vigésimas quintas,
onde o tempo se torna infinito
e as luzes das flores
me invadem
os pulmões, e me respiram
de odores almiscarados
e sabores
novos
aconteces-me onde não me sei
e as horas me não bastam,
onde disperso horas
de certezas
e de loucuras de outrora
aconteces-me,
simplesmente
porque existes dentro das águas
que me habitam
o ventre,
e porque conheces
cada onda
do mar
outrora oculto
Susana Duarte
Fotos de António Barradas, na sua página do Facebook. Coimbra, pôr-do-sol, 4 de Julho 2015 |
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