tomei um café, e lembrei-me de ti.
na sala limpa de nuvens e de palavras,
sobraram pensamentos
onde impera a imagem,
a do teu sorriso,
a das tuas mãos que criam,
e que as notas de um violoncelo
quiseram alinhar entre os dedos
curvos
da minha mão.
lembrei-me de ti,
e não era a hora dos malditos,
ou a das quimeras.
era a hora vigésima quinta,
ou a das trepadeiras
e dos sonhos por inteiro.
tomei um café, e lembrei-me de ti,
vi-te por entre as manchas castanhas
de uma chávena - visão que se impõe
onde as palavras sussurram no corpo-
profundo e interior, o corpo-
e o desfazem por dentro
(o que fará a escrita na pele?).
tomei um café.
lembrei-me de ti.
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