sexta-feira, 17 de julho de 2015

tomei um café. lembrei-me de ti.







tomei um café, e lembrei-me de ti.
na sala limpa de nuvens e de palavras, 
sobraram pensamentos
onde impera a imagem,


a do teu sorriso,

a das tuas mãos que criam,


e que as notas de um violoncelo
quiseram alinhar entre os dedos
curvos 
da minha mão.


lembrei-me de ti,
e não era a hora dos malditos,
ou a das quimeras.


era a hora vigésima quinta,
ou a das trepadeiras
e dos sonhos por inteiro.


tomei um café, e lembrei-me de ti,
vi-te por entre as manchas castanhas
de uma chávena - visão que se impõe 
onde as palavras sussurram no corpo-
profundo e interior, o corpo- 
e o desfazem por dentro
(o que fará a escrita na pele?).




tomei um café.
lembrei-me de ti.






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