somos, em todos os lugares
onde fomos geometrias
dizentes.
somos sombras, e simetrias
de corpos adjacentes,
nascentes de tudo,
e sementes de nada.
somos, em todos os lugares
onde fomos chão,
compostura,
expiação,
procura absurda dos olhos
grandes
que os seios
ocultam.
somos, em todos os lugares,
interditos,
entre-ditos, e
entre dentes;
flores rasas de cada manhã.
somos, em cada nascente,
rasos
como os voos longos
das asas que não me dás.
Susana Duarte
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