Identidade
são etéreas, as memórias. talvez apenas ilusões, talvez apenas estórias
de abraços desabituados dos corpos.
são névoas, as canções. talvez fossem sorrisos,memórias de abrigos e de corações interrompidos, navegados, ou...mortos.
a morte da memória é o esquecimento,
e o apagamento da sombra das mãos:
aquelas que, outrora, foram tuas, impressas
num ventre oculto, navegadas elas pelo ventre,
demente, talvez. esquecido. doente de
abandono.
[quem és? quem foste?]
Susana Duarte
2016
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