nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
MARINHEIRO
Talvez pudesse navegar no azul marinheiro dos olhos
(onde a noite te tolheu de mim). Garça azulada de prata
nascida da luz cerúlea de uma noite sem fim. (Escolhos).
Baixio onde navegar saberia (a)mar. Água. Catarata.
Escorres do rochedo onde findam palavras. Onde finda
a sombra. Onde finda a penumbra. Penumbra de prata,
________penumbra de mim. Canto escondido_________
Lágrima furtiva que roubas do rosto, que revela o corpo
e se mostra como um fogo-fátuo que navega na escuridão.
_______A noite mostra-se tua. É tua a imensidão_______
… da cor saboreada, que tornou branca a aurora. Perco.
(Não sei em que rocha se escondeu a noite secreta do sentir.)
Não adivinho as palavras caídas no rochedo. Não sei do medo
de saber. Mas sei do medo da noite e do medo do medo.
__________________Talvez pudesse.__________________
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Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
Pois está a postar grandes poemas de palavras intensamente dançantes e profundas.
ResponderEliminarUm grande abraço e beijinhos, Susana!
belíssimo NAVEgar...
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