quinta-feira, 20 de junho de 2013



AMOR




a mulher desnuda a alma luzente,
semeadora de luzes

onde a luz poente 

se detém...abismo 

de onde se levantam as luzes do ventre,


e se vislumbram transparências 




na lucidez
das águas; nela, crescem e se afundam mágoas, 


e as esguias margens de um rio. 




a mulher desnuda-se nos braços amados,


plantadores de sementes 


onde as névoas se dissipam

e as quedas acontecem no seio dos abraços

devolutos à sua eterna condição




de Ser em outrém,


na bravura das ondas que são corpos,
movimentos sincopados

de um oceano vivo

dentro dos olhos, 

ágape dos cristalinos,

melopeia coralina

das imagens dos amantes.



amar acontece no espaço do corpo

onde tempo e distância se tornam 

universo inexistente. 




primavera de giestas vivas

onde a lava incandescente
são folhadas caídas da pele,

escamas vivas de sermos Um, 




na imensa amálgama do universo.




Susana Duarte

Foto: Susana Duarte, Bairro Alto, Lisboa
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1 comentário:

  1. apeTECEu-me mergulhar
    num poema novo
    não havia...
    Resolvi ir ao acaso
    no que já foi
    curiosamente
    há 1 ano
    neste dia
    escreveste este bELO poema
    bebo-o
    mastigo-o
    alimento-me dele
    do teu escreVIVER
    que bommmmmm
    inTERvalar asSIM

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