sábado, 21 de março de 2015

Quando o amor morrer


Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços.
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dá-lhes o abrigo
E o noturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudário
Que mil saudosas lágrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventário
Do templo onde a vida ora de bruços,
A Deus e aos sonhos que gelaram.



Ruy Cinatti


1 comentário:

  1. 12.22.21"
    no DM da Metereologia
    1 metereologista poeta
    gRRacias
    por me levares até este poeta...
    9.767.unir alcobaça

    ResponderEliminar

 há um rosto escondido atrás do meu rosto, uma flecha inerte perdida no espaço. a voz, a alucinação  ou a máscara etérea do sorriso  esgotad...