terça-feira, 29 de março de 2011

Caminhos

Construímos caminhos em teias de diamante,
em percursos adivinhados. Em cada instante,
tecemos esperas e demolimos sonhos errados.
Reconstruímos aqueles que a ave-luz da vida
nos permite alcançar. E tecemos encontros.
...Amar. Perder. Encontrar. Tecer luzes em fios
de prata, em aros de ouro, em quadros-memória
e olhares que douro em tons de mel e de urze.
Na tessitura das águas que escorrem do olhar,
permitimos as flores do abraço e do beijo. Vida.
Árvore frondosa que floresce, sofrida. Vejo-te.
...e o caminho empreendido é a estrada do dia,
da chuva, do lugar escolhido, do futuro que via,
nas noites e dias dos lugares da infância. Sorria.
.......E era sempre noite. E era sempre dia........

Susana Duarte

4 comentários:

  1. Há teias onde a água da chuva deixou pequeninas pérolas brilhantes num desenho único dificil de igualar.Mas há outras, em que os fios se enredaram
    e parecem farripas de alma, sacudidas pelo vento.
    Felizmente os teus Caminhos transitaram pelos fios dourados onde, amar, perder e ganhar fazem a teia da vida!
    Lindo, Susaninha!
    Beijo
    Graça

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  2. É muito belo, este ritmo, ets pujança, este escoar poético, mas qualquer motivo soou-me mais forte aqui do que quando o li pela primeira vez. Muitíssimo bom, Susana! Escorreito e belo.

    Um beijo amigo

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  3. "...Amar. Perder. Encontrar."
    Como canta o Sérgo Godinho, "A vida é feita de pequenos nadas" Bjinho Susana.

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  4. hoje parei no início e daí não quis sair:
    "Construir. caminhar em teias de diamante...
    adivinhar. Em cada instante,
    tecer o esperar
    e...
    demolir sonhos errados."

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