terça-feira, 22 de março de 2011

LUMINOSA

O sol passou no equador, tornando iguais a noite e o dia.

Marulhado o teu olhar, em onda esguia de sal, no mar,

nasceu Poesia. Nasceu em olhos azuis apolíneos, calmos

de magnólia branca e perfumada. Nasceu de tuas asas

brancas, de criatura alada. Nasceu de gestos suaves. És.

Poesia. Encantamento. Meio-dia. Despojamento. És. Sol…



No ocaso que doura o céu de rosa e laranja, põe-se a luz

sobre teus joelhos. É poesia a cor dourada que serpenteia

um horizonte azul. Velhos. Velhos os sonhos e a luz da candeia

que alicerça a vista noturna de quem sonha a vida na ponta

de uma estrela, de um mundo de faz-de-conta e centelha

luminosa num olhar de poesia. Poesia e cheiro a mar. Maresia.



Em teus ombros iluminados, desce o sol que amou a noite.

Dizes…sonhas… iluminas a estrela que, em ti, pernoite. Luz

incandescente, de ave que ruma ao sol que se põe. Brilho lunar

que, em ti, se expõe. Poesia. Palavra atirada com uma flecha ao

infinito, onde sobrevive o grito das pupilas dilatadas e o grito, o

grito solar de quem ama o dia e, amando a noite, traz em si POESIA!







Susana Duarte

2 comentários:

  1. 5h menos 5'
    estive a mergulhar +1x nesta LUMINOSA
    criACTIVIDADE
    plena de palavras profundas...
    grato pela tua partILHA.
    aquel'abRRaço

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  2. estive x aquiiiiiiiiiii...de novoooooooooooo...no poesDia 2014...abRReijinhos
    saio com 1 bELO soRRiso

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