segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

amamos como se o Amor fosse um dédalo,
cristal de labirintos de almas inquietas,
serenadas na luz do olhar
de um tempo

onde as maçãs camoesas perfumavam
olhares desatentos de primaveras-
-bívio, lugar de amar
a fluência do vento.

... amamos nas derivas suaves de um beijo,
cereja rubra de um sereno desejo,
onde habitam palavras
e as emoções
coram

as doridas faces dos caminhos anteriores,
escritos nos dedos de passeios
vividos na emoção
de jardins de
magnólias.

amamos nas bermas do repouso do olhar,
mar sereno em dias de pesca
de conchas imaginárias e
de vidas marinhas
nas veias da
paixão.

amamos os braços e as mãos.
amamos o Outro de nós,
as amplitudes da voz
que nos cicia
eternidade.

Susana Duarte

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