suspendi o tempo na noite de uma palavra
(talvez seja tempo de a palavra se desequilibrar)
da corda estendida na noite do tempo, recolho
a sequiosa gota de luar. invento. invento tempos
de noites
de gotas
de olhos
de acordes
de horas
de ventos
de céus ocultos.
desoculto a noite da palavra e o tempo cai
suspensa das árvores de gotas caídas,
caio também
sou das árvores noturnas e dos seios das horas brancas
e nas noites das palavras invento o mundo do canto
estendes uma ponte onde a noite cai serena no tempo-
-fantasma
estrela de pontas ocultas no fio de um gume
esticado na soturna e silenciosa escuridão da árvore
onde crescem hibiscos velhos e laranjas dormem
Susana Duarte
(talvez seja tempo de a palavra se desequilibrar)
da corda estendida na noite do tempo, recolho
a sequiosa gota de luar. invento. invento tempos
de noites
de gotas
de olhos
de acordes
de horas
de ventos
de céus ocultos.
desoculto a noite da palavra e o tempo cai
suspensa das árvores de gotas caídas,
caio também
sou das árvores noturnas e dos seios das horas brancas
e nas noites das palavras invento o mundo do canto
estendes uma ponte onde a noite cai serena no tempo-
-fantasma
estrela de pontas ocultas no fio de um gume
esticado na soturna e silenciosa escuridão da árvore
onde crescem hibiscos velhos e laranjas dormem
Susana Duarte
Cheguei aqui através do blog Poesia Portuguesa e em boa hora o fiz. A comunhão com as palavras encantou-me.
ResponderEliminarBj