domingo, 15 de janeiro de 2012

escrevo-te. nas linhas do corpo, removo as ondas
das décadas de estórias de amantes estarrecidos
ante a suave calêndula. escrevo-te. escrevo veias
nas mãos onde deslumbraste os corpos da luz
na serenidade escura do leito de flores. escrevo-...te
nas suaves ondulações do sonho, onde vives. és
a sombra das asas de um anjo de dias anteriores.
escrevo-te. em ti, escrevo flores nas costas, nas
pernas, nas pálpebras latejantes de dias de verão.
 
 
 
Susana Duarte
 
 

1 comentário:

  1. "escrevo veias
    nas mãos
    na serenidade escura do leito de flores. escrevo-...te
    nas suaves ondulações do sonho, onde vives. és
    a sombra das asas de um anjo de dias anteriores.
    escrevo flores nas costas,"

    Sabes, Susana, que o céu nao tem intérprete?
    Um beijo amigo

    ResponderEliminar

 suspensa nas tuas palavras, pétala descaída de uma flor iníqua, resta-me a memória. és, foste, terias sido,  o parto feroz, a corrente avas...