nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
domingo, 1 de janeiro de 2012
.queria ser voo e ser horizonte.
.numa praia deserta, ser a vida e a fonte que te deixa ser asa e remo, nave e mar navegado,
fruta morena em terreno desbravado, onde se verte a lua e navega a noite, ao som de um violoncelo-mulher-despida-de si.
.encontrar-me no horizonte onde os olhos são estrela do norte,
e sou eu-em-ti.
Susana Duarte
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