febre
 
 dias consumidos em febre 
 
 febre nas noites das pálpebras e 
 nas pálpebras do vento
 
 sedento
 
 febre
 
 dias consumidos em dias de velas
 
 dias nos dias das áleas das tílias
 e nas tílias das mãos, 
 onde crescem serenas e, todavia,
 
 incautas
 
 as linhas do destino traçado num dia
 
 de névoas desalinhadas
 e de luzes estranhas na sombra das luas
 
 
 febre
 
 noites consumidas no abraço
 estarrecido
 
 o abraço dos dias em que sou 
 um braço
 protegido
 
 febre que me arde nas pestanas
 movimentadas ao som de um compasso
 
 todavia esquecido de si
 lembrado de mim,
 
 no tempo que passa e, 
 
 desatento,
 sobre mim lança seus braços
 
 (antes os teus)
 
 Susana Duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
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