quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

.sobre tuas águas, estendi o manto diáfanos das pétalas
de um nenúfar, pousado nas ondas da infinita vontade
de voar. sobrevoar, rasante, as ondas... baixando à areia,
sobre teus olhos, fingir que encontrei o sereno leito
de um futuro-pre...sente. onde aves doiradas navegam
luas de encantamento. e as serenas flores da paixão
eternizam cerejas no corpo das sereias perdidas
no meio de laranjais ocultos por entre ramagens
à beira de um rio que não sei. nesse rio, o peixe
bailou-te na boca. nesse rio, naveguei teus olhos.


                                             e, ainda, não te revi. e, ainda, não te reencontrei.

Susana Duarte

(pensando na Capelinha e nas noites serenas e suaves, como a música que não me cansarei jamais de ouvir)

1 comentário:

  1. "onde aves doiradas navegam
    luas de encantamento. e as serenas flores da paixão
    eternizam cerejas no corpo das sereias perdidas
    no meio de laranjais ocultos por entre ramagens
    à beira de um rio que não sei"

    Divino, Susana! E o vento trará o cheiro salmão oculto nos búzios de uma praia por chegar. It will come!

    Um beijo amigo <3

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