Nascemos no cais,
partindo dele em direção às naus inscritas nas veias.
sobrevoámos os dias,
na espera sombria das vertentes dos sonhos.
mantemos ainda a espera
pelos dias da água.
sobre as marés do teu corpo,
que me salgam o ventre
e os olhos,
e a língua evidenciada
pelo rubro ardor do teu beijo,
navegaremos.
a vida toda são as gotas de sal do teu suor.
Susana Duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
domingo, 18 de agosto de 2013
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Ai que saudades que eu sempre sinto daqui. Depois quando regresso sempre encontro um poema que, apesar de navegar por águas salgadas de mares e suores é um doce só...
ResponderEliminarBeijinhos, minha querida!!!
gotas... chuva... vida.
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