das veias, no instante em que o olhar
repercute no outro fractal momento.
Tudo gravita no eixo dos lábios
e as palavras são um mar de sedução.
Joaquim MONTEIRO
2011-06-24
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
metade de mim é silêncio. onde o silêncio habita as margens das veias, habita igualmente o mar tempestuoso dos meus pensamentos. metade de...