nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito
outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia,
sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas
e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes,
noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta
que se declina nos lugares que já não procuro.
sábado, 31 de maio de 2014
Um belíssimo poema de Joaquim Monteiro
Todo o enamoramento nasce da luz das veias, no instante em que o olhar repercute no outro fractal momento. Tudo gravita no eixo dos lábios e as palavras são um mar de sedução.
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