quarta-feira, 14 de maio de 2014

serei sempre a sombra antiga das aves

dormirei na ponta dos dedos das noites,
onde as aves caminham por entre névoas
e, soltas as asas da paixão, sucumbem
serenas ao brilho das estrelas. dormirei
por sobre as palavras ciciadas pelos dedos,
e por entre as plúmulas leves dos sonhos.

serei sempre a sombra antiga das aves.

é por isso que me escondo nas palavras
sussurradas por aves antigas, e durmo
nas sombras aladas de velhas cantigas.

Susana Duarte


2 comentários:

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