Excerto do poema "PANGEIA"
(ouvindo Pedro Burmester, “Variações Goldberg” de J. S. Bach)
(...)
somos aves longínquas perdidas desencontradas quando, na dança das pernas,
suamos verões e chuva rente aos olhos, lágrimas de seixo e lágrimas de água, sobre
pestanas límpidas e espigas de trigo. somos corpos à beira de si mesmos, cognoscentes
dos perigos das pedras. somos construção, somos sonhos de união. continentes
à deriva. deriva dos beijos. somos corpos à beira de um precipício. deriva.
De Susana Duarte
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