submersa pela vontade de me espraiar em ti,
mas foi imensa a extensão do ar,
e alada a praia de onde partiram os braços.
fiquei parada, submersa no meio do vento,
perdidas as asas da memória e os olhos negros
da tua presença sobre o meu corpo.
foi imensa, a onda que me submergiu
e condenou. fiquei parada,
no meio do vento.
onde as árvores me estendem os braços,
derreto as névoas imensas de além mar, perdendo-me
nas raízes-seiva de quem sou.
perdida no seio das águas,
fiquei parada no meio do vento. os vórtices
que me elevam às nuvens mais não são,
que ondas perdidas do seu rumo, erguidas elas
à sofreguidão dos sonhos.
Susana Duarte
Foto pessoal
Bela poesia.
ResponderEliminarBoa semana.
Abraço.