Pude assistir, hoje, à inauguração do novo Lar Residencial da APPACDM de Coimbra, onde trabalho, com a presença de personalidades diversas, das quais destaco a Secretário de Estado Adjunta e da Reabilitação, Drª Idália Moniz que, depois do belíssimo discurso da Presidente da Direcção, falou sobre a problemática da deficiência e da interessante evolução tem tido o movimento de instituições ligadas à deficiência.
Uma sociedade evoluída mede-se pelo tratamento que dá aos mais desprotegidos. Há um longo caminho percorrido, e certamente um looongo caminho ainda por percorrer.
Em Coimbra, a APPACDM surgiu em 1969, comemorando os seus 40 anos no presente ano; apoia crianças, jovens e adultos desde os 4 meses de vida (num colégio inclusivo, de intervenção precoce), e ao longo da sua vida, num total de mais de 800 utentes, integrando, além de Coimbra, pólos em Arganil, Montemor-o-Velho e Tocha.
Em Julho, a comemoração de aniversário decorreu em plena Praça da República, numa abertura à população em geral, que a APPACDM sempre acolheu de forma inigualável, para informação, acolhimento, esclarecimento...
Porque uma grande casa é uma casa onde todos se sentem bem, fica aqui um vídeo promocional que está disponível no You Tube, e que pode ser a sementinha para que se interessem mais por esta causa. A página da APPACDM, recente e em construção, está disponível em www.appacdmcoimbra.pt.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
sábado, 29 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Uma chávena de chá?....
(Foto: Google)
Eis um conto oriental, daqueles que nos trazem ensinamentos porque metaforizam a Vida:
"Um homem foi procurar um mestre zen e fez-lhe perguntas sobre Deus, o nirvana, a meditação e muitas outras coisas mais. O mestre ouviu-o em silêncio - questões e questões e questões, e depois disse-lhe:
- Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha; vieste de um lugar longíquo. Deixa-me primeiro servir-te um chá.
O mestre trouxe a chaleira, deitou o chá na chávena e continuou a deitá-lo. A chávena estava cheia e o chá começou a transbordar para cima do pires, mas ele continuou a deitá-lo, enchendo também o pires. Então o homem disse:
- Pára! O que estás a fazer? Estás louco ou quê? Não vês que a chávena está cheia? Não vês que o pires está cheio?
E mestre zen respondeu:
-É exactamente nessa situação em que te encontras: a tua mente está tão cheia que, mesmo que eu responda, não tens nenhum espaço para a resposta. Volta para trás, esvazia a tua chávena e depois vem. Primeiro, cria algum espaço dentro de ti!"
Este é um conto que fala de nós: estamos tão cheios de ideias sobre as coisas, os factos, as pessoas que, a maior parte das vezes, estamos pouco receptivos a aprender coisas novas.
Do mesmo modo, estamos sempre tão preocupados com o que vai ser o dia de amanhã, que perdemos a gloriosa capacidade de apreciar o ínfimo momento presente. O monge budista vietnamita, Thic Nhat Hanh também usa a imagem do chá para falar sobre a vida...apreciar uma chávena de chá implica estar atento e consciente, enquanto se bebe cada golinho, enquanto se sente o aroma quente que vem da chávena e se aprecia um relaxante momento de prazer. Assim é com a vida, com o nosso aparentemente banal dia-a-dia ( que, na verdade, está repleto de pequenos milagres que, tantas vezes, deixamos passar ao lado: um sorriso, uma aprendizagem, um acto de amizade, uma palavra de apreciação).
Dá que pensar...não dá?
O fio de Ariadne
Perdida no Labirinto,
sem o fio de Ariadne
...sou frágil presa.
Perdida no Caminho,
sem o fio de Ariadne,
...sem defesa.
Reencontro o caminho?
Talvez, talvez....
Caminhando,
segura,
sempre o caminho se fez...
Procuro a saída.
Outra e outra vez.
Nas ondas incertas
de um mar revolto
labirinto da Alma
sem rumo nem porto...
sem o fio de Ariadne
que conduza meus passos.
Vou por aqui.
Mas para onde vou?
Caminhos incertos,
de alma confusa
que, afinal, eu sou...
Cumes gelados,
segredos enterrados,
meus passos, quietos,
sozinhos,
incertos, na procura constante
do caminho.
Eis a onda breve,
o cume gelado
que me há-de levar
à estrela do Norte
onde, segura, sem medo,
mas sem rumo, sem norte,
caminham meus pés,
hesitantes, incertos.
Que fazer com o fio
se ainda o encontrar?
Haverá um navio para,
depois, me levar?
Noites de lua,
noites de breu
caminho insegura
e não sei se é meu
o caminho que trilho!
Meus passos me levam,
conduzem meu Ser:
mestra na vida,
sem saber que fazer?
Hesitante,
expectante,
de alma nua, perdida.
Estás aí?
Revela-te, então.
Sem o fio de Ariadne,
encontras meu coração?
Lua-mãe,
Lua-encanto
sereia escondida que revela seu canto...
Flor do jardim,
breve vida, semente:
segue o caminho de quem está ausente....
Agarra o fio, agarra
eu sei que estás aí,
num canto perdida,
talvez perdida de ti...
onde, sem fio, te vais encontrar.
Sublime certeza...
Consegues rumar?
sem o fio de Ariadne
...sou frágil presa.
Perdida no Caminho,
sem o fio de Ariadne,
...sem defesa.
Reencontro o caminho?
Talvez, talvez....
Caminhando,
segura,
sempre o caminho se fez...
Procuro a saída.
Outra e outra vez.
Nas ondas incertas
de um mar revolto
labirinto da Alma
sem rumo nem porto...
sem o fio de Ariadne
que conduza meus passos.
Vou por aqui.
Mas para onde vou?
Caminhos incertos,
de alma confusa
que, afinal, eu sou...
Cumes gelados,
segredos enterrados,
meus passos, quietos,
sozinhos,
incertos, na procura constante
do caminho.
Eis a onda breve,
o cume gelado
que me há-de levar
à estrela do Norte
onde, segura, sem medo,
mas sem rumo, sem norte,
caminham meus pés,
hesitantes, incertos.
Que fazer com o fio
se ainda o encontrar?
Haverá um navio para,
depois, me levar?
Noites de lua,
noites de breu
caminho insegura
e não sei se é meu
o caminho que trilho!
Meus passos me levam,
conduzem meu Ser:
mestra na vida,
sem saber que fazer?
Hesitante,
expectante,
de alma nua, perdida.
Estás aí?
Revela-te, então.
Sem o fio de Ariadne,
encontras meu coração?
Lua-mãe,
Lua-encanto
sereia escondida que revela seu canto...
Flor do jardim,
breve vida, semente:
segue o caminho de quem está ausente....
Agarra o fio, agarra
eu sei que estás aí,
num canto perdida,
talvez perdida de ti...
onde, sem fio, te vais encontrar.
Sublime certeza...
Consegues rumar?
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Up! Altamente
Já fui ver!
Sou crescida, eu sei...mas gosto de filmes de Animação. Hoje, fui ver Up! Altamente, com a belíssima companhia da minha filha, batatas fritas, sumos (engasgo-me com as pipocas e não gosto de Coca-Cola com 10 pedras de gelo...) e boa disposição.
A quem gosta,recomendo vivamente!
Sou crescida, eu sei...mas gosto de filmes de Animação. Hoje, fui ver Up! Altamente, com a belíssima companhia da minha filha, batatas fritas, sumos (engasgo-me com as pipocas e não gosto de Coca-Cola com 10 pedras de gelo...) e boa disposição.
A quem gosta,recomendo vivamente!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Derrocada
Explique-me quem entender....
Como é que se transforma em local de romaria,onde se vai tirar fotos, um local onde desgraçadamente morreram 5 pessoas?
Confesso que não entendo...
Como é que se transforma em local de romaria,onde se vai tirar fotos, um local onde desgraçadamente morreram 5 pessoas?
Confesso que não entendo...
domingo, 23 de agosto de 2009
O corpo que dança
(Foto: Google)
É com o corpo que falo...
Com meu corpo me confesso,
em dias sem noite e noites sem luar
é com meu corpo que falo,
é com meu corpo que me confesso.
É nele que trago a voz do movimento.
É com ele que me desvendo.
E danço....e danço...
(Foto:Google)
Com apenas 500 anos de história, o ballet clássico é um apelo poderoso para qualquer menina, e um imenso prazer para quem o aprecia.
É uma arte dificílima, cujo produto final, património etéreo e inigualável, nos permite ver a graciosidade em cima de um palco...a elegância dos movimentos, a riqueza dos enredos representados, o romantismo da encenação, a magia que é, afinal, a dança....
As suas origens situam-se no final do século XV; os espéctaculos, aos quais assistiam principalmente pessoas da corte, iniciaram-se em Itália, onde os nobres entretinham os visitantes com espectáculos que misturavam poesia e música,à mímica e dança, com o suporte de ricos trajes e belíssimos cenários ( o "balletto").
Catarina de Medicis, italiana, casou com o rei Henrique II, tornando-se rainha de França, e levando para a corte francesa os belos movimentos da dança da corte. Tornou-se, então, habitual oferecer ballet nas ocasiões especiais.
É com Luís XIV, um século mais tarde, que o ballet tem um marco importante,porque este Rei, ele próprio um dançarino, fundou, em 1661, as Academias Reais de Ballet e de Música.
(Foto: Google)
Com o tempo, o ballet profissionalizou-se, saiu das cortes e passou a ser apresentado em teatros.
É uma arte viva, em permanente evolução, mas mantém a magia dos tempos em que Marie Camargo encurtou as saias para que se pudesse ver os movimentos do corpo e, mais especificamente, dos pés, que brincavam com 5 posições básicas criadas por Pierre Beauchamp.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Neruda
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
A Aldeia (II)
( foto cuja autoria,sinceramente,desconheço e que me chegou via e-mail)
Na aldeia, corria-se à solta nos campos.
Subia-se às árvores ( era lá que se liam os livros que chegavam às mãos; era lá que se comiam os gelados comprados na pequenina loja dos avós; era lá que se olhava para baixo...e era de lá que se olhava o mundo) e saltava-se com passos largos sobre o pequeno ribeiro onde, mal o sol se levantava quente, os pés deixavam as marcas pequenas de crianças alegres.
Na Páscoa, andava-se de casa em casa. Religiosamente. Ou melhor...com um prazer "obrigatório", porque se beijava a Cruz aqui, ali, acolá, andando sempre à frente do Senhor Prior, que marcava o compasso a um ritmo lento: o ritmo da aldeia.
A passo rápido, nós. De casa em casa, de bolo em bolo, lá íamos alegres,correndo e cantando, mas comungando sempre do espírito sagrado do ritual.
A aldeia tinha uma quinta, a Quinta senhorial onde outrora eram Senhores os Albuquerques". A casa tinha uma mansão onde explorar recantos, imaginando a vida de quem lá vivera. E tinha um miradouro que, de tão longe que estava, só se visitava em longas tarde de verão, subindo a rua das flores vermelhas ( camélias?).
A aldeia, hoje,continua pequenina.
Mas tem nomes de rua.
Tem gentes que apenas ficaram na memória da gente.
Tem histórias que os mais novitos só ouvem contar.
E tem Alma.Tem dentro a Alma de quem a ama.
Tem dentro a energia de quem nela pensa.
Ainda que a velha ameixoeira tenha caído...continuo a subir a ela para ler.
Ainda que os velhos avós se tenham despedido da sua vida terrena, continuo a sorri para eles e a amá-los com a saudade imensa que se tem de quem nunca devia partir.
Ainda que a escola tenha outra Professora, continuo a dizer a tabuada na pequena sala e a plantar sementes no quintal.
Ainda que eu seja diferente...ainda que já não tenha casas para calcorrear na Páscoa...A Aldeia será sempre, para sempre, a minha Aldeia.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
A aldeia (I)
(Foto minha)
Era uma aldeia, como outra aldeia qualquer. Pequena...uma pequena aldeia de contos de fadas, onde se podia crescer alegremente, correndo pelos campos, sem medo e sem tempo.
Na aldeia, as ruas não tinham nome: as pessoas viviam na rua "da casa do Ti Manel", ou na "casa do Santos que está na América". E todos sabiam onde era essa rua. Todos sabiam como ir dar um recado. Todos sabiam como podiam ajudar, se necessário fosse. Todos, sem excepção, conheciam todas as casas da aldeia.
A aldeia tinha uma capelinha. Na altura, era um lugar mágico, onde se acorria num silêncio ensurdecedor, num respeito absoluto pelo Senhor. Onde as senhoras tinham o hábito de entrar com a cabeça coberta por um lenço rendado, negro, para, silenciosamente, ouvirem A Palavra. A capelinha tinha um relógio que marcava o compasso das horas passadas no campo: em todos os cantos da aldeia, podia ouvir-se o toque da hora certa ou da meia hora. No campo em redor, os agricultores não precisavam do toque do relógio: olhavam para o sol e sabiam se era tempo de voltar a casa.
Era no Largo da Capela que, anualmente, se montava a quermesse e o local onde actuariam as bandas que iriam animar os bailaricos da festa anual. Toda a gente se aprumava: dia de festa era dia de roupinha nova! E de dormir em casa dos avós. E de dançar no largo da capela. E de deitar tarde, essa mágica liberdade...
Os dias pareciam não ter fim. Os dias davam para fazer tudo: subir às árvores, acorrer a quem precisasse de mandar um recado a alguém, comer fruta acabada de tirar das árvores de fruto, vindimar..para a barriga!, estar com as pessoas queridas. E sentar, sentar a conversar com os velhos no Largo da capela. Ouvir. Aprender.
O sabor das coisas...era o sabor do tempo que foi.
Era assim a minha aldeia...
sábado, 15 de agosto de 2009
Momentos e olhares
São dias felizes...o sol estampa-se no rosto como se de uma bela pintura se tratasse. O tempo tem mais tempo. O tempo tem mais luz. A luz alegra e ilumina os objectos e os rostos com quem me cruzo.
Leio. Sempre com um lápis ou marcador. Sempre com vontade de agarrar pensamentos, conselhos de leitura, críticas de cinema, opiniões e novas pequenas luzes que mudam, palavra a palavra, o espírito.
Passeamos. Vamos. Sempre com a alegria de revisitar locais conhecidos, ou a ousadia de trilhar novos caminhos. E captamos momentos como quem quer congelá-los. Mas sempre, sempre! para depois poder partilhar.
Partilhamos o tempo. Olhamos. Sorrimos com os rostos que se cruzam connosco, na rua, com uma linguagem verbal imperceptível e uma outra forma de falar, através da expressão facial e corporal, que diz...estou de férias, estou sereno, tenho tempo para apreciar as pequenas grandes coisas...
...e olhamos. De novo, olhamos. Com tempo. Com espanto.
(Fotos minhas)
Leio. Sempre com um lápis ou marcador. Sempre com vontade de agarrar pensamentos, conselhos de leitura, críticas de cinema, opiniões e novas pequenas luzes que mudam, palavra a palavra, o espírito.
Passeamos. Vamos. Sempre com a alegria de revisitar locais conhecidos, ou a ousadia de trilhar novos caminhos. E captamos momentos como quem quer congelá-los. Mas sempre, sempre! para depois poder partilhar.
Partilhamos o tempo. Olhamos. Sorrimos com os rostos que se cruzam connosco, na rua, com uma linguagem verbal imperceptível e uma outra forma de falar, através da expressão facial e corporal, que diz...estou de férias, estou sereno, tenho tempo para apreciar as pequenas grandes coisas...
...e olhamos. De novo, olhamos. Com tempo. Com espanto.
(Fotos minhas)
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
5 movimentos do amor
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Perseidas
Há noites assim,
mágicas, em que estrelas
azuis invadem os céus...
"A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno a ser efectuada no Extremo Oriente. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afectado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a actividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23h, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol." (Fonte: Wikipédia)
mágicas, em que estrelas
azuis invadem os céus...
"A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno a ser efectuada no Extremo Oriente. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afectado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a actividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23h, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol." (Fonte: Wikipédia)
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
domingo, 9 de agosto de 2009
Curia
O fio de Ariadne
Perdida no Labirinto,
sem o fio de Ariadne
...sou frágil presa.
Perdida no Caminho,
sem o fio de Ariadne,
...sem defesa.
Reencontro o caminho?
Talvez, talvez....
Caminhando,
segura,
sempre o caminho se fez...
Procuro a saída.
Outra e outra vez.
Nas ondas incertas
de um mar revolto
labirinto da Alma
sem rumo nem porto...
sem o fio de Ariadne
que conduza meus passos.
Vou por aqui.
Mas para onde vou?
Caminhos incertos,
de alma confusa
que, afinal, eu sou...
Cumes gelados,
segredos enterrados,
meus passos, quietos,
sozinhos,
incertos, na procura constante
do caminho.
Eis a onda breve,
o cume gelado
que me há-de levar
à estrela do Norte
onde, segura, sem medo,
mas sem rumo, sem norte,
caminham meus pés,
hesitantes, incertos.
Que fazer com o fio
se ainda o encontrar?
Haverá um navio para,
depois, me levar?
Noites de lua,
noites de breu
caminho insegura
e não sei se é meu
o caminho que trilho!
Meus passos me levam,
conduzem meu Ser:
mestra na vida,
sem saber que fazer?
Hesitante,
expectante,
de alma nua, perdida.
Estás aí?
Revela-te, então.
Sem o fio de Ariadne,
encontras meu coração?
Lua-mãe,
Lua-encanto
sereia escondida que revela seu canto...
Flor do jardim,
breve vida, semente:
segue o caminho de quem está ausente....
Agarra o fio, agarra
eu sei que estás aí,
num canto perdida,
talvez perdida de ti...
onde, sem fio, te vais encontrar.
Sublime certeza...
Consegues rumar?
sem o fio de Ariadne
...sou frágil presa.
Perdida no Caminho,
sem o fio de Ariadne,
...sem defesa.
Reencontro o caminho?
Talvez, talvez....
Caminhando,
segura,
sempre o caminho se fez...
Procuro a saída.
Outra e outra vez.
Nas ondas incertas
de um mar revolto
labirinto da Alma
sem rumo nem porto...
sem o fio de Ariadne
que conduza meus passos.
Vou por aqui.
Mas para onde vou?
Caminhos incertos,
de alma confusa
que, afinal, eu sou...
Cumes gelados,
segredos enterrados,
meus passos, quietos,
sozinhos,
incertos, na procura constante
do caminho.
Eis a onda breve,
o cume gelado
que me há-de levar
à estrela do Norte
onde, segura, sem medo,
mas sem rumo, sem norte,
caminham meus pés,
hesitantes, incertos.
Que fazer com o fio
se ainda o encontrar?
Haverá um navio para,
depois, me levar?
Noites de lua,
noites de breu
caminho insegura
e não sei se é meu
o caminho que trilho!
Meus passos me levam,
conduzem meu Ser:
mestra na vida,
sem saber que fazer?
Hesitante,
expectante,
de alma nua, perdida.
Estás aí?
Revela-te, então.
Sem o fio de Ariadne,
encontras meu coração?
Lua-mãe,
Lua-encanto
sereia escondida que revela seu canto...
Flor do jardim,
breve vida, semente:
segue o caminho de quem está ausente....
Agarra o fio, agarra
eu sei que estás aí,
num canto perdida,
talvez perdida de ti...
onde, sem fio, te vais encontrar.
Sublime certeza...
Consegues rumar?
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Filhos...
Para o Francisco,Namorado da Ria, por ter retratado de forma única a sua vivência como pai, eis que me lembrei de um dos autores que me inspiram a reflectir sobre a vida, as relações humanas e o papel de cada um de nós, Khalil Gibran,que escreveu assim...
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
(Khalil Gibran)
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
(Khalil Gibran)
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
De e para sempre...Neruda.
O teu riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Pensamentos...
Num mundo cada vez mais esvaziado de narrativas, em que se sente que um povo, uma Nação, estão tristes...desconfiados, amargurados, com medo...é importante não perder de vista o que é fundamental: o que somos, a que grupo pertencemos....
Descobrir as raízes...construir o Futuro a partir de um passado....construir vivências a partir de vivências anteriores...
Cada um de nós é um somatório de significações, de ideias acerca de nós próprios, em grande parte construídas através do que os outros nos dizem sobre nós. É isso que determina uma parte do que pensamos acerca de nós próprios. Somos seres sociais, susceptíveis de analisar e de ser analisados, de ser vistos enquanto olhamos, de reflectir enquanto somos reflectidos por outros.
Será a sociedade actual desprovida de valores fundamentais?
Mc Luhan ( 1966) disse que " numa sociedade analfabeta, ninguém cometeum só erro de ortografia ou gramática". Felizmente, a nossa sociedade avançou...infelizmente, talvez tenha avançado mais do que as mentes que nos governam (no sentido literal) conseguem perceber.
As pessoas estão,hoje, mais conscientes dos seus direitos,mas também muito mais excluídas daquele que a sociedade preconiza como o modelo de vida que se quer ter, que se supõe normal...que se ambiciona, mas ao qual nem todos conseguem aceder.
E isso gera crise social, desigualdades profundas.
ID e Super-Ego em luta... Indivíduo e Sociedade...em luta...
Voltará Prometeu a roubar o fogo aos deuses, para o dar aos humanos?
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Carminho
Creio que o gosto pelo Fado se desenvolve ao longo dos anos. Nem sempre apreciei, confesso. Hoje, rendo-me às vozes que se levantam aos céus para cantar a verdade de Portugal. E gosto....gosto muito.
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metade de mim é silêncio. onde o silêncio habita as margens das veias, habita igualmente o mar tempestuoso dos meus pensamentos. metade de...
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Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....