domingo, 9 de agosto de 2009

O fio de Ariadne

Perdida no Labirinto,
sem o fio de Ariadne
...sou frágil presa.

Perdida no Caminho,
sem o fio de Ariadne,
...sem defesa.

Reencontro o caminho?
Talvez, talvez....
Caminhando,
segura,
sempre o caminho se fez...

Procuro a saída.
Outra e outra vez.

Nas ondas incertas
de um mar revolto
labirinto da Alma
sem rumo nem porto...
sem o fio de Ariadne
que conduza meus passos.

Vou por aqui.
Mas para onde vou?
Caminhos incertos,
de alma confusa
que, afinal, eu sou...
Cumes gelados,
segredos enterrados,
meus passos, quietos,
sozinhos,
incertos, na procura constante
do caminho.

Eis a onda breve,
o cume gelado
que me há-de levar
à estrela do Norte
onde, segura, sem medo,
mas sem rumo, sem norte,
caminham meus pés,
hesitantes, incertos.

Que fazer com o fio
se ainda o encontrar?
Haverá um navio para,
depois, me levar?

Noites de lua,
noites de breu
caminho insegura
e não sei se é meu
o caminho que trilho!

Meus passos me levam,
conduzem meu Ser:
mestra na vida,
sem saber que fazer?

Hesitante,
expectante,
de alma nua, perdida.

Estás aí?
Revela-te, então.
Sem o fio de Ariadne,
encontras meu coração?

Lua-mãe,
Lua-encanto
sereia escondida que revela seu canto...

Flor do jardim,
breve vida, semente:
segue o caminho de quem está ausente....

Agarra o fio, agarra
eu sei que estás aí,
num canto perdida,
talvez perdida de ti...
onde, sem fio, te vais encontrar.

Sublime certeza...

Consegues rumar?

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