nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
CAMINHO
Abandonei-me ao sol.ave-do-paraíso de teus olhos
e, numa música feita de caramelos e fios de seda...
...abandonei-me à boca.luz.corpo.vontade
de ser ave.sede.ternura. onde se demora
……………a vida e acaba a procura……………..
Rendi-me nos dias.noites de eternas.praias
onde se escondem algas marinhas.peixes azuis.
... e o horizonte.caminho.infindo falou
do dia de memórias.infantis de laranjeiras
baixas e flores.brancas.silvestres que deixam recados
de meninas sonhadoras e ternos namorados
perdidos no milho.semeados nas eiras
onde se entregam a beijos e deixam brincadeiras
no caminho de onde vêm. Construindo futuros
e semeando passos despidos nos campos.fertilidade
risonha de rituais.antigos.crescidos em luas feiticeiras.
Susana Duarte
(poema e foto)
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Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
gosto deste teu belo caminhar...
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