nascida da noite e da tempestade de chuvas antigas
de noites esquecidas,
vim de ti. vim das névoas das dúvidas
dos corpos dos braços
e de mil embaraços que residem nos olhares
nos sentires
no amar.
nascida da lua crescente
luzente de poeiras marinhas e de sonhos,
olho-te redonda e sei que as etéreas aragens das nuvens
me flutuam
e navegam. vejo-te crescente, lua eterna
e indigente de solares noites,
onde saúdas o mar e te sabes Mulher. lua incandescente,
de brilho opalescente e nú. vejo-te os ombros
de dama encantada e percebo a alva
aurora de rosa inflamada.
sei de onde venho. venho das noites onde és
inclemente na luz que emanas eterna
potente LUA
onde o sonho
flutua e me toca os seios
e me toca os dedos e me toca
os dedos e
me toca os olhos
e me beija os olhos
e me sabe os segredos.
plenilúnio de canteiros de flores amarrotadas
por um beijo amarrotadas
pelo desejo de encontrar, em ti,
um leito onde
possa .ficar.
Susana Duarte
ResponderEliminardo verso procedente, a origem enegrecida,
do retumbar do tempo, a tempestade inesquecida
"vim de ti. vim das névoas das dúvidas
dos corpos dos braços
e de mil embaraços que residem nos olhares
nos sentires
no amar."
Retive em especial a fulgurante entrada do poema
de uma força e impressividade invulgar
de singular inevitabilidade
Bjo.
fiquei aluado
ResponderEliminarcom tão bELO escreVIVER
e inspirAÇÃO