nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito
outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia,
sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas
e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes,
noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta
que se declina nos lugares que já não procuro.
sexta-feira, 21 de março de 2014
veste-me com a solidão dos teus olhos
veste-me com as raízes da terra onde caminhas, e ama-me. veste-me com a solidão dos teus olhos, e assim despido de ti, ama-me. serás o retrato respirado das flores das névoas de setembro e do meu peito aceso. Susana Duarte
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