“I said nothing for a time, just ran my fingertips along the edge of the human-shaped emptiness that had been left inside me.”
― Haruki Murakami, Blind Willow, Sleeping Woman
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
não sei se a tristeza colhe as nuvens, onde vivem os espectros das noites antigas. não sei, sequer, se as noites continuam no mesmo lugar...
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