Uma lágrima habita os poros da noite.
(Os poros da noite são lágrimas espalhadas).
A noite é uma sereia alada que pernoita na lua.
(A lua habita a lágrima e deixa pó de estrelas nos seios).
A noite anseia cabelos e vozes e carícias e sons ciciados e músicas.
As músicas são joelhos tocados pelas estrelas cadentes e entremeios
de rendas feitas por mãos que esperam e segredam ladaínhas na rua.
A noite anseia árvores que se agitam ao vento, e cantam segredos
de amantes esquecidos. As lágrimas são seios de desejos erguidos.
É de noite que a lágrima se desfaz em pó,
como se a mulher que a chora estivesse nua.
Susana Duarte
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
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Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
...simplesmente belo...
ResponderEliminarLuís Garção Nunes
é...sempre à noite que a lágria se desfaz...
ResponderEliminarlindo seu poema!
bjos