domingo, 14 de agosto de 2011


Voo.
Voo.



Vou?
Vou mas....oh..
sem asas e sem céu,
sigo o caminho

(que não sei se é meu).

Habito uma ave de asas
incertas
em praias noturnas,
em praias desertas.

Habito a montanha
onde o cume de neve
me esconde o voo
e não torna leve

(a peregrinação).

Ave estranha
de sons incompletos
nascida na noite
de vários desertos,
habito uma casa
de flores guardadas
e telhas içadas
que me tapam a nudez
de não saber

para onde voo.

(Susana Duarte)


2 comentários:

  1. Gostei do poema
    Parece que todos voamos e não temos asas.
    Serão os nossos sonhos a povoar-nos nesses voos que nos escondem...?

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  2. Mesmo sem céu, mesmo sem asas, mesmo sabendo que na maioria das vezes os caminhos não são nossos, temos que seguir...
    Abraços e beijinhos, minha amiga Susana

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