nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
domingo, 14 de agosto de 2011
loucura
a noite choveu lágrimas de uma aurora madura,
madrugada de saberes de uma ladainha obscura
em que o canto e a voz são a torre de menagem
onde escondi o brilho da areia e da plumagem....
fiquei presa nas lágrimas da noite e do castelo
sem dono, e deixei lá os meus cabelos invadidos
pelo outono das incertezas. queria ser tudo, e não
serei mais do que as possibilidades do coração...
que se entoa num carme cantado na noite da ilusão.
pensava que tinha dentro as canções e a ternura.
no fim, talvez, afinal, germine a semente da loucura.
Susana Duarte
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Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
É mesmo um encanto esta tua loucura. O teu blog é lindo.
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