nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
LEXEMA
Vou renascer na foz de um poema,
e dá-lo à noite, para que me reconheça.
Nessa foz, estranha e larga, onde o rio se insinua
no altivo mar, serei a vaga lenta que me torna nua
e, sem estrelas, sem lua, sem que lhe peça,
sei que a foz me fará palavra. Lexema.
Onde o único significado do meu nome
é ele próprio, nada mais. Onde a fome
de Ser eternidade, é apenas o devaneio
de, um dia, ter sido aquilo em que creio.
(Susana Duarte)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Identidade são etéreas, as memórias. talvez apenas ilusões, talvez apenas estórias de abraços desabituados dos corpos. são névoas, as cançõ...
-
quando vieres, traz os dedos da aurora, e amanhece nas dobras cegas do pescoço onde, ontem, navegaste os trevos do dia lo...
-
E porque hoje foi um belíssimo Domingo de sol...eis que peguei em mim e na minha tagarela companhia e lá fomos nós até Montemor-o-Velho. Hav...
-
Coimbra, cidade mágica... Coimbra é noite, é luar e desassossego.. Coimbra é rua, multidão, palavras soltas. É mulher, sabedoria e tradição....
Sem comentários:
Enviar um comentário