Coimbra acordou azul, líquida, bela na sua majestade, ditada pelo rumor milenar das vestes das tricanas, e das freiras, e das damas da corte. Coimbra adormecerá assim, solene na sombra das ruas que se derramam por sobre, e por entre, as gotas de água do seu rio. Coimbra acordou assim, e assim adormecerá, serena e bela, embalando os sonhos dos dias que, sobre todos nós, acordam os verbos todos de todas as nossas existências.
Susana Duarte
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