no coração dos dedos. habitava uma casa azul, telhas aladas
contra o céu e os cirros das imagens que trazia nos olhos.
sabia onde vivia o amor, quando as nuvens sabiam voar
e me deixavas ir até onde as cerejas bravas coloriam
imagens de rubra paixão; nesses dias, as ondas
dos cílios desenhavam contrabaixos na pele
de todos os silêncios. pensava saber
onde viviam as flores, e o vermelho
do fogo por extinguir com os
lábios. sobram as vertentes
úmbrias da memória
das mãos sobre
as rubras
cerejas.
susana duarte
... e que bem que pensava, Susana! E... que encantadora forma de no-lo mostrar! Do que "sobra", que é TANTO, minhas mãos ousam levar um pouco... para partilhar no meu singelo "jardim"
ResponderEliminarBeijinho com votos de Festas Felizes e óptimo 2014!
Joaquim do Carmo